segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

O DIABO NA TERRA QUER SE ACREDITE OU NÃO EM DEUS


Banqueiros BANIF, BPN, Goldman, Hypo Bank, Bankia, Morgan, Anglo-Irish Bank, Royal Bank of Scotland, etc, etc, e políticos que atraiçoam países inteiros  e levam á morte prematura de crianças sub nutridas (mais 45 óbitos de mortalidade infantil este ano embora a natalidade esteja a descer!) e idosos com saúde comprometida para extorquir dinheiro da saúde, educação, ordenados e reformas de milhões cada vez mais e mais baixos para dar a meia dúzia com cada vez mais e mais, são o Diabo na Terra. O Juro usurário, a corrupção e os jogos especulativos destes banqueiros e eles próprios são a antítese dos valores mais altos da humanidade que são definidos por Solón da Grécia, 4 séculos antes de Cristo ou exemplo na internacional socialista ou no hino de campanha do PS desde 1976 (e posteriores) e daqueles que se modelam á imagem do Divino (ou seja, quer se acredite ou não em Deus, o melhor ser humano possível) que é definido pelo Papa como: combater a pobreza porque se reconhece a dignidade suprema de todos os seres humanos (...) lutar por uma partilha equilibrada dos recursos da terra (...) opormo-nos à avidez e à exploração."

RTIGO DO PAPA BENTO XVI
PARA O JORNAL INGLÊS «FINANCIAL TIMES»
20 de Dezembro de 2012

«Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus» foi a resposta de Jesus quando lhe perguntaram o que pensava sobre o pagamento dos impostos. Obviamente, os que o interrogavam desejavam preparar-lhe uma armadilha. Queriam obrigá-lo a tomar uma posição no debate político inflamado sobre a dominação romana na terra de Israel. E o que estava em jogo era ainda mais: se Jesus era realmente o Messias esperado, então certamente ter-se-ia oposto aos dominadores romanos. Portanto, a pergunta era calculada para o desmascarar como uma ameaça para o regime ou como um impostor. A resposta de Jesus leva habilmente a questão a um nível superior, atestando com fineza contra a politização da religião e a deificação do poder temporal, e contra a incansável busca da riqueza. Os seus interlocutores deviam entender que o Messias não era César, e que César não era Deus. O reino que Jesus vinha instaurar era de uma dimensão absolutamente superior. Como respondeu a Pôncio Pilatos: «O meu reino não é deste mundo».
As narrações de Natal do Novo Testamento têm a finalidade de expressar uma mensagem semelhante. Jesus nasceu durante um «recenseamento do mundo inteiro», desejado por César Augusto, o imperador famoso por ter levado a Pax Romana a todas as terras submetidas ao domínio romano. E no entanto, este menino, nascido num obscuro e distante recanto do império, estava para oferecer ao mundo uma paz muito maior, verdadeiramente universal nas suas finalidades e para além de qualquer limite de espaço e de tempo.
Jesus é-nos apresentado como herdeiro do rei David, mas a libertação que ele trouxe ao próprio povo não dizia respeito à vigilância dos exércitos inimigos; ao contrário, tratava-se de vencer o pecado e a morte para sempre. O Menino Jesus, vulnerável e débil em termos mundanos, tão diverso dos dominadores terrenos, é o verdadeiro rei do céu e da terra.
O nascimento de Cristo desafia-nos a reconsiderar as nossas prioridades e valores, o nosso modo de viver. E enquanto o Natal é sem dúvida um tempo de grande alegria, é também uma ocasião para uma reflexão profunda, aliás, um exame de consciência. No fim de um ano que significou privações económicas para muitos, o que podemos aprender da humildade, da pobreza, da simplicidade da imagem do presépio?
A narração do Natal pode introduzir-nos a Cristo, tão indefeso e tão facilmente abordável. O Natal pode ser o tempo no qual aprendemos a ler o Evangelho, a conhecer Jesus não só como o Menino da manjedoura, mas como aquele no qual reconhecemos o Deus que se fez Homem.
É no Evangelho que os cristãos encontram inspiração para a vida diária e para o seu envolvimento nas questões do mundo — quer isto aconteça no Parlamento quer na Bolsa. Os cristãos não deveriam fugir do mundo; ao contrário, deviam ter zelo por ele. Mas a sua participação na política e na economia deveria transcender qualquer forma de ideologia.
Os cristãos combatem a pobreza porque reconhecem a dignidade suprema de todos os seres humanos, criados à imagem de Deus e destinados à vida eterna. Os cristãos lutam por uma partilha equilibrada dos recursos da terra porque estão convictos de que, como administradores da criação de Deus, temos o dever de zelar pelos mais débeis e vulneráveis, agora e no futuro. Os cristãos opõem-se à avidez e à exploração, convictos de que a generosidade e um amor abnegado, ensinados e vividos por Jesus de Nazaré, são o caminho que leva à plenitude da vida. A fé cristã no destino transcendente de cada ser humano implica a urgência da tarefa de promover a paz e a justiça para todos. Dado que tais fins são partilhados por muitos, é possível uma grande e frutuosa colaboração entre os cristãos e os outros. Todavia, os cristãos dão a César só o que é de César, mas não o que pertence a Deus. Às vezes ao longo da história os cristãos não podiam aceitar as exigências feitas por César. Desde o culto do imperador da antiga Roma até aos regimes totalitários do século que acabou de transcorrer, César procurou ocupar o lugar de Deus. Quando os cristãos rejeitaram ajoelhar-se diante dos falsos deuses propostos nos nossos tempos, não foi porque tinham uma visão antiquada do mundo. Pelo contrário, isto acontece porque estão livres dos vínculos da ideologia e são animados por uma visão tão nobre do destino humano, que não possa aceitar comprometimentos em relação a nada que o possa ameaçar.
Na Itália, muitos presépios são adornados com ruínas dos antigos edifícios romanos como pano de fundo. Isto demonstra que o nascimento do Menino Jesus marcou o fim da antiga ordem, o mundo pagão, no qual as reivindicações de César pareciam impossíveis de desafiar. Agora temos um rei novo, o qual não confia na força das armas, mas no poder do amor. Ele traz esperança a todos os que, como ele mesmo, vivem à margem da sociedade. Traz esperança a quantos são vulneráveis nos destinos mutáveis de um mundo precário. Desde a manjedoura, Cristo chama-nos a viver como cidadãos do seu reino celeste, um reino que cada pessoa de boa vontade pode ajudar a construir aqui na terra.


L'Osservatore Romano, edição em português, n. 51, 22 de Dezembro de 2012


sábado, 5 de janeiro de 2013

EXPLIQUEM-ME COMO SE TIVESSE 5 ANOS AS DIFERENÇAS DE TRATAMENTO PELA TROIKA ENTRE PORTUGAL E A IRLANDA

VEJAMOS APENAS FACTOS E, A PARTIR DELES, TIREMOS CONCLUSÕES...



EM PORTUGAL...

Na 5ª revisão do nosso Programa de ajustamento, negociada com a "troika" em Setembro passado, o Governo de Passos Coelho e Vítor Gaspar, indiferente ao desvio nas contas públicas provocado pela má execução orçamental de 2012, comprometeu-se com metas muito exigentes para o défice orçamental dos próximos anos: 

a) 4,5% em 2013, e 
b) 2,5% em 2014. 

O custo brutal desta opção é conhecido: um "enorme aumento de impostos"  este ano e um violento corte no Estado social no ano seguinte - com todas as suas devastadoras consequências económicas e sociais. 

NA IRLANDA ...

Já para a Irlanda a trajectória é bem diferente: a meta do défice ficou fixada em 7,5% para 2013 (uma redução relativamente suave, de apenas 0,8 p.p. face aos 8,3% deste ano), passando para 5% em 2014. 
A Irlanda terá assim de alcançar daqui a dois anos o mesmo défice que Portugal teria de atingir em 2012 

Mais: a Irlanda só prevê baixar dos 3% de défice em 2015 e, de acordo com o previsto, não chegará aos 2,5% antes de 2016 - dois anos depois de Portugal!

Em face disto, e não obstante todas as diferenças entre as situações de partida e a estrutura económica de Portugal e da Irlanda, é incontestável que a Irlanda dispõe de um quadro de ajustamento muito mais favorável e mais compatível com o crescimento da sua economia. 

E os resultados aí estão: prevê-se que a economia irlandesa cresça 1,1% em 2013 e 2,2% em 2014, enquanto a estratégia de austeridade "além da troika", promovida desastradamente pelo Governo português e acentuada a cada revisão do Memorando inicial, nos conduziu a uma recessão de pelo menos 3% este ano e provocará o prolongamento da recessão em 2013, sendo que, mesmo a fazer fé nas previsões optimistas do Governo, só teremos um crescimento ligeiro da economia (de 0,8% do PIB) lá para 2014.


A preocupação de conciliar o crescimento económico com a consolidação orçamental está igualmente patente no modo como se tenciona gerir os eventuais desvios na execução do Programa irlandês, num período que é de muitos riscos e incertezas. 
No caso português, como é sabido, perante um Orçamento em cujo cenário macroeconómico ninguém acredita, o Governo anunciou a preparação de medidas adicionais de austeridade para 2013 (cerca de 850 milhões de euros de cortes adicionais na despesa, além de 4 mil milhões de cortes definitivos) para o caso de a recessão superar o valor previsto pelo Governo (de 1%), com novo prejuízo para as receitas fiscais e, consequentemente, para as metas do défice. 
Veja-se então o que disse o FMI no seu comunicado de 17 de Dezembro sobre a Irlanda, depois das negociações com o Governo irlandês no âmbito da oitava avaliação: "...se no próximo ano (de 2013) o crescimento económico for decepcionante, qualquer consolidação orçamental adicional deve ser adiada para 2015 de modo a salvaguardar a recuperação da economia...". 
 Podia alguma vez uma frase destas ser dita pelo Governo português? 
Poder podia, mas não era a mesma coisa.


A PRESSÃO INQUALIFICÁVEL SOBRE O TRIBUNAL CONSTITUCIONAL:

Devo dizer-vos, como cidadão, que acho verdadeiramente inqualificável e vergonhoso ver vários paladinos da verdade (curiosamente todos ligados à alta finança e aos bancos que foram, também, uma das causas do buraco em que nos encontramos todos) a exercerem uma pressão sem nome sobre os juízes do Tribunal Constitucional, chegando a afirmar, como ocorreu hoje com o Secretário de Estado do Orçamento, que se alguma das normas for inconstitucional acaba a ajuda externa...

Devia ter vergonha na cara, porque SALAZAR (que, aliás, Passos Coelho anda a ler nas suas viagens) não teria usado argumento melhor... a velha táctica do medo e do caminho único, senão é a desgraça...
Já eu, como Democrata-Cristão e Republicano, só espero que o Tribunal Constitucional exerça as suas funções meramente jurídico-constitucionais (pois essa é a sua única missão) porque as preocupações políticas, essas, são dos políticos que elegemos para governar, respeitando as leis da República, mormente a Lei Fundamental!

Ainda relembro que os direitos fundamentais, os direitos, liberdades e garantias e os princípios constitucionais da igualdade, da proporcionalidade, da proibição do excesso, da adequação dos meios aos fins, da defesa do interesse público são princípios existentes em TODOS os quadros constitucionais dos países europeus, correspondem a direitos que o povo, representado pelos deputados constituintes (2/3 deles), quis ter como qualquer outro povo que vive em sociedades organizadas, livres e democráticas. Portanto, desrespeitar esta vontade é assumir que há uma minoria iluminada que pode impor a sua vontade sobre a maioria e isso tem um nome: costumam chamar-lhe ditadura. Qualquer alteração a essas direitos fundamentais e princípios constitucionais tem de passar por essa maioria de 2/3 de deputados.
A menos que aceitemos de bom grado esquecer estes direitos e estes princípios e autorizemos este ou qualquer outro governo a decidir o que cortar, como cortar e a quem cortar sem critério. Aqui abriremos portas para se cortar a si e não ao seu vizinho, porque sim.... 

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O Rumor, a Calunia, a Mentira como Hábitos Enraizados da Blogoesfera e da Direita que Destroem Portugal e Tentam Nivelar os Melhores Pela Mediocridade e Falta de Principios Da Direita Ultra Neo Liberal



Na Universidade de Verão do PS houve por parte do reitor Alvaro Beleza (médico, dirigente da ordem dos médicos, Hospital de Santa Maria, ex presidente do instituto português do sangue) e da sua equipa  (onde eu próprio me inclui como professor de farmacologia em medicina, mestre por Harvard, doutorado por Michigan além de uma lista extensa de pessoas com idênticas qualificações) uma preocupação enorme em nivelar por cima para bem de Portugal, ao contrário de outras universidades políticas onde abundam figuras banqueiras e burlões inúteis do BPN  ou da goldman sachs. Portanto convidamos como professores só grandes intelectuais, académicos,  sindicalistas, líderes de think tanks europeus com investigação e/ou produção confirmadas durante décadas para debater com os estudantes opções para outro caminho para Portugal com "mais luz, mais riqueza, mais igualdade para todos." Essa preocupação resultou em sessões magnificas sobre um futuro baseado na investigação cientifica ligada ás empresas e ao renascimento do tecido produtivo destruído a partir de 1985, por exemplo no debate aceso com a Professora Carmo Fonseca, médica, professora catedrática de medicina,  doutorada e diretora do instituto de medicina molecular.    Partilho acima o caderno de curso da Universidade com a Lista de Professores cujos nomes já tinha divulgado aos bloguistas de direta.  Todos estes professores de alto calibre promoveram sessões animadíssimas e participadas com entusiasmo num terreno fértil de comunicação,  onde qualquer aluno e pessoa na assistência se podia inscrever para ir ao palco questionar os professores (no PS não acreditamos na primazia tirânica de imbecis inúteis banqueiros vindos de hedge funds vigaristas americanos e de companhias destrutivas Goldman Sachs como  Antonio Borges serem promovidos a D. Sebastiões das Brumas e ninguém os poder questionar).   Ao contrário das outras universidades onde os factos são que os livros são coisas inexistentes e os professores deles tiram licenciaturas falsas num dia tivemos na Universidade de Verão do PS também uma bibliografia cuidada para ser citada e discutida que incluía clássicos como a Política de Aristoteles, a busca do ideal de Isaiah Berlim, ou o Federalista dos founding fathers americanos Hamilton, Madison, Jay. Este último livro traduzido pelo Professor Viriato Soromenho Marques também professor convidado da universidade de verão do PS. Outros livros incluíam textos práticos por exemplo da Harvard Business School e da Harvard Kennedy School of Government para nos ajudarem a negociar melhores com os nossos credores para tentar aliviar o sofrimento dos Portugueses, como "Getting to Yes - Negotiating Agreement Without Giving In" de Roger Fisher e William Ury, professores de Harvard.   Perante tudo isto, num pais normal e produtivo que não estivesse no estado trágico em que nós estamos, a direita tentaria fazer melhor, entrar numa esfera de competição salutar em que a sua universidade no futuro seria ainda melhor com melhores professores, numa espiral benéfica de politicos portugueses formados por gente com cada vez melhor qualidade e não por vigaristas e burlões como dias loureiros ou duarte limas.  Infelizmente não estamos num pais produtivo e estamos no pais onde o sociólogo José Gil ("Portugal o medo de existir" foi outro dos livros debatidos na UV do PS) refere que "estamos no pais da inveja que tenta nivelar tudo pela mesma mediocridade", o pais onde impera "O rumor, a calúnia as estratégias múltiplas de exclusão que se desenvolvem no quadro de funcionamento do grupo acabam por vencer e eliminar o elemento novo que irrompia." E assim não é de espantar que mentirosos caluniadores no blogue 31 da Armada, e infelizmente e desafortunadamente neste proprio blogue onde com espirito patriótico e conciliador, para nivelar por cima, tento contribuir e educá-los,  tenham mentido e desinformado sem qualquer pudor os seus leitores numa propaganda de mentira e falta de respeito pela verdade nauseabunda sobre quem era professor na universidade de verão do PS. Afirmaram repetidamente que os professores eram um burlão como os dias loureiros deles,  mesmo depois de terem sido informados sobre a lista dos professores da universidade de verão do PS (acima divulgada na foto). Ao contrário de orgãos respeitados e de pessoas de bem, os bloguistas de direita, com a mentira enraizada nos habitos que destruiram portugal,  em vez de pedirem desculpas e corrigirem o seu erro continuaram a insistir na mentira que os professores da universidade de verão do PS não eram os que acima descrevo e partilho.  É pena mas ajuda-me a perceber, após 15 anos fora do pais, porque é que este pais é um pantanal onde a mentira pode florescer tanto sem qualquer pudor, onde foi possivel, dias loureiros, duarte limas, isaltinos morais e oliveiras e costas roubarem tantos biliões a um povo trabalhador e a um pais que tinha tanta possibilidade de se nivelar por cima e florescer.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

QUEM DEU PODER ÀS AGÊNCIAS DE RATING FOI O CONGRESSO DOS EUA


Um rating é uma avaliação feita por agências de classificação sobre a capacidade e determinação de uma empresa ou governo em honrar os seus compromissos de dívida. 
A partir dos anos 90, o rating tornou-se uma condição indispensável para que empresas e os países tenham acesso ao mercado financeiro internacional. 
As agências de classificação emitem os ratings com a certeza de que fornecem ao mercado as informações relevantes. 
Todavia, especialistas e pesquisadores, onde se destaca Partnoy, têm criticado as agências alegando que os ratings não são informativos, pois apenas reflectem o risco de mercado e não possuem capacidade de antever crises, agravando as já existentes. 

As principais agências de rating em nível mundial são a Standard & Poor’s e a Moody’s Investor Service, que juntas somam mais de 80% do mercado mundial, o que por si só é digno de reflexão.
Na verdade, o rating é somente mais um factor de decisão de investimento. E, neste caso, as agências aconselham os investidores a examinar, com suas próprias fontes informacionais, os valores mobiliários e as obrigações de dívida que desejam comprar ou vender.

O processo de avaliação do rating soberano engloba tanto variáveis qualitativas como quantitativas. As variáveis qualitativas podem ser resumidas nas seguintes: 
(a) estabilidade e legitimidade das instituições políticas; 
(b) participação popular nos processos políticos; 
(c) probidade da sucessão das lideranças; 
(d) transparência nas decisões e objectivos da política económica; 
(e) risco geopolítico; 
(f) outros (caso necessário).

Para as agências de rating, os indicadores de risco económico são os seguintes: 
a) Estrutura Económica e Perspectivas de Crescimento Económico; 
b) Flexibilidade Fiscal; 
c) Endividamento do Governo Soberano; 
d) Estabilidade Monetária; e 
e) Liquidez Externa e Dívida Externa, como discutem Standard & Poor’ s

Um rating não constitui uma recomendação para compra, venda ou posse de um título particular, nem comenta a conveniência de um investimento para um investidor particular, na verdade apenas tem carácter opinativo. É por este carácter opinativo dos ratings que confere às agências a imunidade legal contra as acções de perdas e danos nos EUA, pelo preceito constitucional de liberdade de expressão. 


É bom recordar que, de acordo com a BBC, o governo dos EUA forçou a Moody’s a retirar o rating do Irão, após classificar o país como integrante do “Eixo do Mal”, em 2002. 

Assim, pode-se dizer que as agências e os EUA detêm um forte poder sobre o mercado financeiro, comparando-as a concursos de beleza onde raramente as vemos discordar umas das outras.

Também recordo a estratégia de punição por não comprar os seus serviços: a política da Moody’s de indicar ratings para qualquer emissão de títulos de dívida, em resposta à demanda de empresas de países emitentes ou não, é vista pelos agentes de mercado como uma “chantagem”, já que tem como base a crença de que os ratings não solicitados pelas empresas e Bancos dos vários Estados são sempre piores do que os demandados pelas empresas emitentes.

Finalmente, mas não menos importante, é bom recordarmos que a instituição da avaliação do risco da dívida soberana pelas agências de rating foi uma imposição mundial do Congresso Norte Americano. Neste momento é, também, hora de recordar que as mais relevantes agências de rating são americanas, enquanto a Europa dormia no sonho de um espaço de Paz e prosperidade, mas sem reflectir e preparar o futuro.
Deixo, por fim, uma última reflexão: quando a China for capaz de competir na área das tecnologias de ponta (e lembro que já está na energia nuclear e na indústria automóvel) a Alemanha sentirá a sua pequenez no mundo e o espaço Europeu só tem um caminho: o Federalismo.



Estamos no SAPO.

Aqui :
                                                        bandalargablogue.blogs.sapo.pt

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

PORTUGAL PODE RENASCER A PARTIR DE 2013 MAS É PRECISO TIRAR O PODER AOS BANQUEIROS INCAPAZES QUE NOS DESTRUÍRAM O TECIDO PRODUTIVO A PARTIR DE 1985.


Nascer Português nos anos 70 foi nascer no paraíso perfeito, respirava-se a liberdade bela quente e fresca acabada de sair do forno de Abril mas o tecido produtivo agrícola e as tradições milenares portuguesas ainda existiam. Chapinhava neste tanque do meu avô com água fresca da nora ao lado movida pela mula. Então ambos em estado prístino. Vinha da cidade passar verões de felicidade suprema aqui com toda a família. Esta fazenda do lagarto tudo nos dava: alface, pepinos, tomates, cebola e o azeite para os regar. Abobora para a sopa, milho para a broa de pão, maçãs e romãs para a sobremesa, galinhas do galinheiro para a canja temperada com hortelã também daqui. Agora a fazenda do lagarto está vetada ao abandono (não a herdei), e nada produz como quase tudo o que dantes era produtivo em Portugal. Campos, campos, e campos sem nada produzir. Agricultura arrasada. Fabricas de tudo mas mesmo tudo nacional (desde motorizadas a pastas de dentes, desde metalurgia pesada a medicamentos novos), estaleiros navais e frotas de pescas dizimadas e pulverizadas. Isto porque o capitalismo financeiro improdutivo á solta desde 1985 parasitou até destruir quase todo o capitalismo económico e assim nos levou á miséria enquanto enriquecia numa orgia patética de ganância sem sentido onde o tecido produtivo português e os empregos de milhões de portugueses foram sendo derretidos e refundados em instrumentos financeiros fictícios que logo voavam para bem longe de Portugal, nas contas off shores suíças e das caraíbas de umas dúzias de antipatriotas banqueiros que já nos exploram desde os seus trisavós e bisavós em concluo nauseabundo com o seu compadre Salazar. PORTUGAL PODE RENASCER A PARTIR DE 2013 REFLORESCENDO O SEU TECIDO PRODUTIVO: Mas é necessário arrancar o poder das famílias de banqueiros improdutivos incapazes do passado e mudar o poder para a força e vigor da geração empreendedora, produtiva e mais qualificada de sempre da classe média. Só nós, a classe média que amamos Portugal, desprezando os banqueiros mas aliando-nos com os bons capitalistas económicos capazes de produzir produtos reais (heróis como Rui Nabeiro da Delta ou Luis Portela da Bial!), conseguiremos gerar companhias, produtos, e empregos sustentáveis para um Portugal renascido! Isto porque com os banqueiros improdutivos á solta a terem mais poder em Portugal foi pior e mais destrutivo que uma guerra sangrenta ou uma peste negra para Portugal. Nem mais uma geração destas aves de rapina de famílias banqueiras a destruir Portugal. Queremos o capitalismo económico e produtivo de volta, que gera empregos, não queremos o capitalismo financeiro e banqueiro infértil que a única coisa que gera é pobreza e desemprego para milhões. É finalmente tempo de novas gerações de Portugueses empreendedores, trabalhadores e capazes de gerar empregos e riqueza, que não descendam destes banqueiros improdutivos.
É suicídio que os descendentes incompetentes dos banqueiros de sempre que já vem do século XIX e depois no século XX com Salazar continuem a ter poder em Portugal e destruir-nos pelo século XXI adentro, enquanto a geração da classe média mais qualificada de sempre, uma que não se vende e ama Portugal, é forçada a abandonar o pais sem ter oportunidade sequer para contribuir com a sua força, vigor, patriotismo e inteligência muito acima da das famílias de banqueiros vis e dos seus servos que são alguns deputados e membros do governo subornados escolhidos a dedo, que em vez de servir Portugal afinal são (ou foram e voltarão a ser assim que saírem do governo) consultores e advogados deles. É necessária uma limpeza para renovar a terra, adubá-la de ideias novas e morais mais elevados; fazer florescer Portugal de novo! Já, nós a classe média que eles querem matar e humilhar, lhes mostrámos aos banqueiros bondade e clemência no 25 de Abril. No entanto eles, em troca, ingratos piores que cães raivosos, em vez de nos ajudarem e colaborarem para um Portugal mais prospero, morderam a mão do país que os perdoou e afagou, morderam ainda mais que nos tempos dos bisavós e Salazar, agora até ao osso e tirando-nos a carne do coração. Corromperam tudo e todos os que puderam. Falam Português mas não são cidadãos de coração Português nem querem nenhum bem a Portugal e aos Portugueses; só nos querem mal, estas famílias não gostam de casar em Portugal (dai muitos terem no meio ou no final do nome sobrenomes alemães e italianos) são cidadãos só das notas verdes (nem ao Euro querem bem). Não sonham patrioticamente como Pessoa com o Quinto Império e prosperidade de um Portugal cumprido e belo, sonham é com um pais de escravos empobrecidos e esfomeados forçados a escolherem entre prestar-lhes servidão por 300 euros mensais, desemprego, ou emigrarem. Enganaram-nos uma vez vergonha para eles; enganaram-nos duas vezes (muitas mais) a vergonha continuada é para nós, nós a classe média que queremos bem a Portugal. O País é nosso. Não é o momento para padecermos da inércia, cobardia, falas mansas, ideias cinzentas, mansidão e não inscrição salazarenta de que o sociólogo José Gil fala e que nos fizeram fechar os olhos, povo pacífico e calmo como um cordeiro inocente na fila do matadouro, e permitir a destruição do país por eles lobos banqueiros. É por causa da incompetência e ganância deles que Portugal internacionalmente tem agora a mesma falta de credibilidade que o Bangladesh e com a mesma fome como no Bangladesh. Lixo internacional a que a nossa grande nação com quase 9 séculos de história gloriosa (reconquista cristã, descobrimentos, império mundial, vitórias contra Espanha e Napoleão, geração de 1870, República, Abril, 5ª língua mais falada do mundo, etc, etc) foi convertida por banqueiros sem pátria, só com lixo e ganância no cérebro diminuto e primitivo que desonra grandes Portugueses como Magalhães, Da Gama e o Infante Henrique. Lixo banqueiro que Camões nunca cantaria, que Eça desdenharia, que Antero repugnaria e contra o qual o herói Humberto Delgado deu a vida. Nem foi para isto que os heróis capitães nos deram Abril. Se até a industria farmacêutica, que é digna e salva vidas, é a mais regulada do mundo porque não há de ser a industria financeira, que ao contrário é indigna e destrói vidas e países, regulada ainda mais, muito mais que qualquer outra industria. Por isso a única solução para Portugal e até para a Civilização Ocidental (depois do sul consumido as aves de rapina internacionais e seus lacaios locais migrarão para norte) é uma guerra de regulação total, como Nuno Alvares Pereira e como Alexandre o Grande, a todos os banqueiros nacionais e internacionais, toda essa massa fétida e apátrida de ganância e incompetência infindáveis, tão ridículas e primárias que não parecem humanas (só um animal sem alma se pode deleitar em andar de avião privativo, motoristas e caviar á custa do pais que o viu nascer a si e aos seus antepassados destruído e com as ações compradas pela classe média com esforço a 4 euros descerem para 4 cêntimos, só um outro desalmado se pode deleitar fugido em ilhas africanas gozando impunemente o espojo pirata roubado a milhões de Portugueses com ajuda de alta traição). Regulá-los ao máximo e pôr-lhes uma trela como se faz aos cães. Que nunca mais nos estendam a mão, um milhão de vezes mais perigosos e mortíferos que mendigos ou assaltantes do leste, a pedir biliões de euros e isenções de IRC e empréstimos pagos por nós para pagar os roubos que nos fazem, os custos da sua incompetência animalesca em negócios. Que “aguentem, aguentem” a trela da regulação total, não tenhamos qualquer confiança na autorregulação destes banqueiros de sarcasmo e prazer sádico em infligir dor e austeridade em toda a gente que não eles próprios, incapazes de empatia, autocontrolo e moderação humana, imponhamos uma limitação dos seus salários cortados para o nível do trabalhador médio (qualquer caixa bancário teria feito melhor que estes banqueiros que nada sabem fazer nas ultimas décadas). Que seja crime punido com serem postos em frente á assembleia da república num dia de manifestação grossa (depois da linha da polícia) com toda a sua tralha ridícula, vinhos de mais de 1000 euros a garrafa, relógios de 30 000 euros para cima (que aproveitam para comprar na Suíça quando escondem o dinheiro que desviam das crianças, idosos e todos os contribuintes portugueses), fatos italianos (nunca compram português) e gravatas ridículas e anacrónicas que parecem do século passado, berloques e carros inchados alemães consumistas, tudo aquilo onde desperdiçam inutilmente o nosso esforço e trabalho, se em vez de se focarem em aprender (já vai sendo tempo pois há gerações que não sabem nada de útil) a fazer negócios e produzir bens reais de forma honesta continuarem a desviar o dinheiro dos contribuintes (e dos doentes, e das crianças, e dos reformados) para os seus bolsos e projetos virtuais financeiros. Que “aguentem, aguentem” o que lhes possa acontecer porque por causa destes culpados desonrados, grotescos e desavergonhados há crianças belas e inocentes e idosos honrados a morrerem de fome e de falta de cuidados de saúde. Danados. Urge travar estes agiotas destrutivos porque quero de volta o Portugal paraíso perfeito para os Portugueses que agora nascem como o que eu tive a sorte de ter em criança. Não quero um Portugal com bebés a morrer de subnutrição, crianças com fome na escolas e idosos a morrerem prematuramente por racionamento de medicamentos, só para banqueiros incompetentes e incapazes de gerar lucro e riqueza de forma produtiva (quanto mais empregos e prosperidade para todos) andarem, sem merecerem de classe S e série 8. Nem ás costas de um burro desajeitados assim merecem andar. Nenhum jeito para o negócio e produção de bens e empregos, o único jeito que estes banqueiros de lixo tem é para comprar os que estiverem dispostos a serem antipatriotas por umas migalhas de dinheiro impuro que agora é ainda mais grave, negro e vil porque tem a cor do sangue de crianças e idosos. Já se viu que nem sequer jeito tem para emprestar dinheiro para quem realmente produz mas apenas para enterrar o dinheiro que recebem de nós os contribuintes a fundo perdido em amigalhaços, família improdutiva e projetos quiméricos ridículos que não tiveram a capacidade infantil de calcular lá na sede dos seus banquinhos medíocres e inúteis que nunca dariam retorno de investimento nenhum (os incapazes inúteis banqueiros nunca pensam que talvez fosse melhor emprestar para fábricas geradoras de emprego). Qualquer criança do ensino básico com uma calculadora teria percebido isso. Os banqueiros ou são bebés mentais ou sabem que não podemos pagar algo que não gera retorno mas empurraram nos para a dívida ilegal e falsamente com os olhos na sua usura e na nossa escravidão por gerações em Portugal. Agora o que pagamos é só juros e juros de uma divida que eles fazem cada vez maior em busca de um deficit impossível de atingir. Por isso saiam da frente banqueiros do passado. Levem convosco os vossos lacaios infiltrados no governo, aqueles que vieram da Goldman Sachs e da Morgan Stanley. Inúteis risíveis das trevas e escuridão. É tempo de outro caminho. Regula-los é cumprir a Vitória, Liberdade, empregos nos campos e nas fábricas, Igualdade, Riqueza para todos os Portugueses como cantava o hino de campanha do PS de 1976 e sempre! Como Antero já pedia na Internacional Socialista do século XIX: Para todos mais igualdade, para todos mais riqueza, para todos mais Luz!

A Águas de Portugal e o Centrão dos Negócios - por Luis Moreira

 
O PS e o PSD revesam-se no poder atraídos pelos negócios que se fazem à sombra do Estado. É, por isso, que o estado está com "a mão na massa", envolvido na economia de uma forma directa, controlando empresas públicas monopolistas e, indirectamente, em empresas de grupos económicos que vivem das obras públicas, dos contratos, das consultas, das assessorias e dos concursos públicos.

Isto é mais do que evidente e há muito que a maioria de nós chama a estes dois partidos "do arco da governação" o "Partido dos negócios" como se fosse só um, tal é o envolvimento, a cumplicidade. Esta evidência devia levar-nos a outra que, de tão evidente,só não vê quem não quer.

Tirar o Estado, o mais possível, da economia, dos negócios!

Mas a verdade é que, mesmo os que são particularmente activos na crítica ao "Partido dos Negócios" quando, se aventa a hipótese de o estado largar as rédeas da distribuição das fortunas, logo se deixam tolher por um preconceito ainda maior do que aquele. O Estatismo! O estado grande e gordo, que pode tudo e está em toda a parte.

Isto é evidente sempre que se fala em privatizações, como agora que se fala em privatizar a "Águas de Portugal"  . Não por acaso, como bem notou o meu simpático leitor e comentador que tem seguido os meus textos sobre esta eventual privatização, a situação da empresa, bem guardada durante anos, vem agora a público com a imensidão das suas falências e dívidas.

Quem seguiu com algum cuidado o negócio da água, da recolha e tratamento do lixo, do saneamento e da energia, apercebeu-se que a ideia inicial era a criação de clusteres , em que se criassem uma ou duas dezenas de PMEs locais e regionais que , à sombra das grandes empresas do sector, viessem a desenvolver e inovar tecnologias e competências. Como aconteceu com a AutoEuropa que , só no Parque Industrial de Palmela, tem cerca de 70 PMEs suas fornecedoras. Criou um cluster com competências e rigor sem paralelo no país e, hoje, é o mais destacado exportador do país.

Ora, o que se vê é que com o dinheiro e o poder de uma empresa pública a que não faltam as garantias do estado,a Águas de Portugal se converteu num gigantesco monopólio, cheia de dívidas e de falências entre as empresas que criou e cujo controlo manteve no seu seio.E que dizem os nossos amigos que tanto criticam o "Partido dos Negócios"?

Que a água não pode ser objecto de negócio! Pois não, pode é ser objecto de maior transparência e de maior rigor. De uma mais responsável gestão. Deixar-se de megalomanias e de despesismo!