Agora que conhecemos os dois pareceres - o da Comissão para a Ética das Ciências da Saúde e da Comissão de Ética da Ordem dos Médicos - coincidentes, leiam aqui este parecer da CGTP, cheio de ciência, lucidez, conhecimento e nada partidário:"
"A CGTP – IN considera inaceitável e totalmente desumano o parecer
emitido pelo Conselho de Ética para as Ciências da Vida, a pedido do
Ministério da Saúde, no qual considera que o Governo tem fundamentos
éticos para racionar o acesso de cidadãos que sofram de cancro, sida ou
artrite reumatóide, bem como de doentes terminais, a tratamentos mais
caros, incluindo medicamentos e meios de diagnóstico.
Segundo afirma o parecer "vivemos numa sociedade em que,
independentemente das restrições orçamentais, não é possível, em termos
de cuidado de Saúde, todos terem acesso a tudo", sugerindo que o Estado
dispõe de autoridade moral para racionar ou cortar o que é essencial à
vida e à saúde dos cidadãos.
Para a CGTP-IN, estas afirmações ofendem a dignidade humana e violam a
Constituição da Republica, na medida em que sugerem a possibilidade de
subordinação de um direito inviolável como o direito à vida a critérios
de pura racionalidade económica."
No PCP e seus apêndices tudo se resume à luta política nada interessando o que pensam as Comissões de Ética, constituídas por médicos e cientistas.
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