O New York Times dedica hoje uma extensa
reportagem a "um país triste, pobre e revoltado". Mas a verdade é que não temos que ser
pobres. Somos um país com imensas riquezas, com sol, mar, boas
características ambientais, boa terra, um povo extraordinário que dá
cartas por onde vive e trabalha. Mas não queremos deixar de ter o último
estado napoleónico, que tudo controla, que chega a todo o lado e a lado
nenhum. Pagamos o que o diabo amassou para sermos dependentes e
subsidiados. Não se cria riqueza e vemos com maus olhos quem a cria. E se algum empreendedor cria postos de trabalho tem imediatamente à perna os que acham que não passa de um explorador do trabalho dos outros. E, pior, tem lucros. A grande meta de vida da maioria de nós é ter um emprego "para toda a vida" No tempo do meu pai a grande sorte era ser funcionário público. No meu tempo era entrar num banco. Agora é estar numa empresa pública subsidiada ou numa qualquer empresa monopolista do regime. E, claro, sempre o estado.
Não deixaremos nunca de ser tristes e revoltados. Não lutamos pelo que acreditamos, com independência, com mérito e com risco. Preferimos uma "vidinha" com ódio aos que fazem pela vida. Seremos sempre tristes e revoltados. Por isso abandonamos a nossa terra e procuramos longe o que aqui não estamos dispostos a procurar. Há séculos que como povo nos portamos assim. Mas hoje já todos percebemos que não temos que ser pobres. Basta deixar de sermos um país de funcionários e de subsidiados!
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