segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

As Pensões - os melhores dez anos dos últimos quinze

O modelo até há pouco tempo usado para cálculo das reformas ( os melhores dez anos dos últimos quinze) favorecia imenso quem fazia carreira na função pública . Conta-se até que numa determinada classe, todos passavam a atribuir os actos mais generosos aos membros que estavam perto da idade da reforma , por forma a que as suas contribuições subissem muito acima do normal.. Em síntese, um contribuinte podia andar trinta e cinco anos a descontar pouco e nos últimos dez anos descontar muito, tendo a certeza que seriam estes últimos dez anos que contavam para o cálculo da reforma.
Desta forma, muitos dos que gozam agora de elevadas reformas não teriam acesso a essas pensões se o montante fosse calculado sobre toda a vida contributiva. Embora o modelo já tenha sido mudado a verdade é que só a próxima geração de pensionistas contará com o actual modelo. Entretanto, os pensionistas com reformas muito elevadas, decorrentes daquele modelo injusto e dado a viciações várias, continuarão a gozar de pensões muito acima do que efectivamente contribuiram.
Mas o pior é se o corte não é só nas mais elevadas, como diz João semedo.
Mas no caso das pensões dos Fundos de Pensões  o que se recebe está em linha com o que se descontou. Mas há 5% dos pensionistas, que são mais de metade do regime público, que recebem em média muito mais do que o dobro e na sua maioria não descontaram na proporção do que recebem hoje”, criticou o primeiro-ministro perguntando: “É isto justo? Querem encontrar na Constituição uma desculpa para perpetuar esta injustiça?”
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