segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Candidatos a "sabichões" do ano

Artur Baptista da Silva, José Reis, António José Seguro , Nicolau Santos, Mário Soares, Boaventura Sousa Santos.
Pela altíssima contribuição que prestaram à teoria económica e à acção de governar e que o João Miranda no Blasfémias, resume de forma superior no gráfico a seguir. 
Pinho Cardão, no Quarta República, apresenta as linhas teóricas originais que estes ilustres candidatos desenvolveram nas suas investigações

A Troika é agiota? Nem pensar !

Os que falam em renegociação das condições da Troika não têm sequer o cuidado de verificar quais são elas.
"Os juros que pagamos são o produto da taxa de juro vezes a dívida que temos. A Polónia vai pagar aproximadamente a mesma taxa de juro do que nós em 2012, cerca de 4,1%. Só que a dívida deles é metade da nossa.
O nosso problema não é a taxa, que até está abaixo da média em democracia antes de entrarmos no euro. O problema está na dívida que é enorme. O grande obstáculo orçamental não está nos termos do acordo com a troika, está antes nos défices que acumulámos durante anos a fio. Se o dinheiro vai hoje para pagar juros e não sobra para pagar pensões e salários, não é por causa da taxa de juro, mas das pensões e salários a mais que pagámos no passado.
Para além disso, a taxa de juro que pagamos à troika são só cerca de 3,2%. Os credores privados é que cobram muito mais, resultando numa média de 4,1%. A troika é o nosso credor mais generoso."

E o PS não pede desculpas?

Já todos pediram desculpas menos o PS. Era bom que o fizesse para não andar nas bocas do mundo.http://seraqueosanjostemsexo.blogspot.pt/2012/12/finalmente-desculpas.html
"Espero agora que o PS ou pelo menos os responsáveis da Universidade de Verão do PS apresente também desculpas, se não ao público, ao menos aos seus militantes. "
Andam calados que nem ratos. Porque será? Não seria sério que o PS tomasse posição sobre o assunto? Esteve ou não esteve? Foi ou não foi?
 Mas eu continuo na minha. Não foi sozinho que conseguiu ir ao Expresso da meia Noite debater com os outros..
Se nao foi telefonema de PS, foi de avental. Mas teve de ter boa indicação para isso e ela não veio da Academia do Bacalhau.
E ha-de ser por isso que estao todos calados que nem ratos. Porque patrocinaram. (Zazie)

O Mar - porque somos pobres




Os Japoneses descobriram no fundo do Pacífico uma reserva gigantesca de terras - raras cheias de minérios essenciais para o desenvolvimento de novas tecnologias.

Agora veja as nossas preocupações em relação ao nosso mar:" Tiraram o mar à Defesa e a Marinha não gostou"!

Na nova orgânica do governo o Mar passou para o super Ministério da Agricultura e do Mar, julgava eu que com toda a razão. O Mar é da Marinha para a defesa militar e é, de um ministério que tenha como objectivo desenvolver a exploração das suas riquezas. Ainda não vi a Marinha à pesca, nem a apanhar algas marinhas, nem vejo que os submarinos passem para o Ministério da Agricultura e do Mar.

Andamos há muitos anos a fazer trabalho de investigação para conseguir que as Nações Unidas nos reconheçam a propriedade da Zona Marítima próxima da Madeira e Açores e do Continente, o que seria a segunda maior Zona Marítima exclusiva do mundo logo a seguir à dos Estados Unidos.O que se tem encontrado no fundo do Mar, especialmente junto dos Açores, é potencialmente de uma grande riqueza, mas a verdade é que duvido muito que com a atenção que os vários governos têm devotado ao mar, alguma vez cheguemos a ter uma notícia destas, a não ser que alguém o explore por nós.

O saudoso Dr. Hernâni Lopes deixou muito trabalho feito no que ao Mar diz respeito, em estratégia e estudos muito sérios sobre os caminhos a trilhar, mas a prioridade nunca foi nenhuma. Discutimos TGVs,  Aeroportos e autoestradas, mas sobre o Mar o mais próximo que conseguimos foram os submarinos e abater a frota de pesca.

Canalizar para o Mar meios e reforçar a sua importância entre os objectivos nacionais, traria grandes vantagens para o país, em postos de trabalho, investigação, novas tecnologias e criação de riqueza, mas isso requer políticas de longo prazo, estratégia, e capacidade de manter um rumo com fortes convicções e, não, governar ao sabor dos lobbies ou de objectivos de curto prazo.

Enquanto os grandes desígnios nacionais não forem claramente definidos e serem, para cumprir, seja quem for que acidentalmente esteja no governo, seremos sempre pobres. Veja a tecnologia que se está desenvolver para a exploração do fundo dos oceanos, seguindo o link, aí em baixo.

Nós temos trabalhado com um submarino não tripulado, desenvolvido pelos Noruegueses, se não estou enganado, que nos tem dado a conhecer novas espécies piscícolas, descobrir as famosas "fumarolas" no fundo do mar, e ter consciência das enormes potencialidades económicas que jazem no fundo do mar à espera de quem chegar primeiro. Que se saiba temos uma "Unidade de Gestão" que trabalha no reconhecimento da Zona Económica Marítima com o intuito de obter a certificação junto das nações Unidas.

E, a mais longe não chegamos!


Feliz Ano 2013

Para todos sem excepção.

domingo, 30 de dezembro de 2012

O estado trata da pobresa. A sociedade dos pobres

Os que defendem o estado que nunca ajudou os 20% ( dois milhões) dos mais pobres dos nossos concidadãos são os que ficam muito indignados com os movimentos sociais de apoio aos pobres. Dizem eles, num lampejo de grande lucidez, que se deve acabar com a "caridade" para dar lugar "à solidariedade". Como se uma ocupasse o lugar da outra. É, evidente, que enquanto houver pobres há lugar para as duas. Interessa lá que alguém não tenha que comer um prato de sopa se isso é "caridade"?
Ajudam-se os pobres porque eles podem ser um perigo. Se um dia tiverem noção da sua força...é melhor tê-los "bem comidos". Outros pensam que é preciso mantê-los minimamente em condições de trabalharem se forem chamados. Isto é, numa noção e noutra , as pessoas deixaram de ser "seres humanos". O grande mal é que a assistência social estrutura uma categoria de cidadãos "os pobres". Categoria esta que não tem qualquer  direito em reivindicar porque a "assistência" é o único ramo da administração pública "em que os interessados não têm qualquer participação."
Só há uma forma de sair deste circulo vicioso. Que o estado e a sociedade civil com políticas activas de trabalho e de solidariedade social possam "destruturar" a categoria de cidadãos pobres.
Como se constacta em Portugal, nestes quarenta anos, não há diferença nenhuma entre "solidariedade" e "caridade".  Sob o ponto de vista do pobre não há diferença nenhuma!  
PS: a partir de um texto da " Actual - expresso"

A imbecilidade desceu à rua - os xupa cabras

Ali junto à Trindade, da boa cerveja, dos aventais da maçonaria. Não sei se o lugar aguenta mais isto. Os xupa cabras atacaram com a sua arte. Nestas coisas há sempre uma deputada da nação a cobrir o bom gosto e o interesse nacional.



Exportações. É possível!

As exportações têm tido um comportamento extraordinário.
Também no mobiliário.E no vinho, 9,9%.
E no calçado. 
E na maquinaria. 
Para a China cresceram 183.3%...
Balança comercial após 69 anos...
150 produtos Lusos nas lojas Chinesas
Podia continuar, é uma questão de procurar com boa vontade e com o espírito aberto, mas é óbvio que há muita gente que não gosta que Portugal tenha êxito lá fora. Gostam da autoestradas sem carros e das PPPs ruinosas...
E estão apaixonadas pelo "menino de ouro", fugido em Paris que nos deixou nesta situação.
Dizem que as importações baixaram porque foi retirado poder de compra aos cidadãos. Mas estavam à espera que continuássemos a comprar papaias e a deitar laranjas  algarvias para o lixo?

O Zorrinho não está preparado para governar

O homem tremeu. Percebeu-se bem que os socialistas não estão preparados nem querem ir para o poder. "Preparados para iniciar um novo ciclo de governação" diz o Zorrinho.http://economico.sapo.pt/noticias/socialistas-nao-estao-preparados-para-o-poder_159260.html Mas se o que acabam de deixar ainda nem sequer esta "reparado"?
O problema do PS é institucional e transversal a todos os partidos políticos. São instituições anacrónicas. Desde o 25 de Abril, quase tudo mudou no País, menos os partidos políticos. Basicamente, mantêm a lógica de implementação local e regional e o mesmo modo de funcionamento. Por isso, muitas vezes afastam os melhores e são incapazes de produzirem pensamento e ideias políticas originais quando estão na oposição. Limitam-se a seguir a agenda mediática cultivada pela comunicação social. Depois, em tempo de eleições, montam um programa eleitoral preso por arames que ninguém cumpre porque, quando chegam ao poder, os ministros convidados implementam as suas ideias. O programa de governo é uma colagem dos planos de cada tutela, perdendo-se coerência porque muitas medidas são contraditórias.

Um país de Baptistas da Silva

Quem acredita que o problema do país se resolve com mesinhas tipo "já está" ou é parvo ou ignorante. Ou então é do PC, do BE ou de uma parte do PS...
Quem pretender, seja ele o senhor Baptista da Silva, seja ele um comentador encartado, que tudo isto se resolveria fácil e rapidamente assim quisessem os políticos está a mentir. E descaradamente.
O que impressiona por isso no episódio Baptista da Silva não é o senhor ter aldrabado o seu currículo. O que impressiona é que o senhor tenha andado a vender a banha da cobra sem que alguém o confrontasse com a complexidade da crise ou com a evidente ficção por ele apresentada, para não falar das barbaridades técnicas que o senhor avançou e ninguém travou.
                                                        Aqui também ninguém o travou!
Este tipo de gente não aparece por acaso. Não se tem acesso à comunicação social assim sem mais nem menos. O que ele diz é igualzinho ao que qualquer "zorrinho"  soletra sem se rir, reforçado pela palavra "ONU". Serve a todos num momento em que as medidas de austeridade estão numa situação que não dá para travar . Como mostro em : "Os resultados deste governo são brilhantes" apenas as variáveis - investimento e desemprego - cujas políticas só se desenvolvem a longo prazo ( quando o PS deixou o governo o desemprego era de 10,2%) é que ainda não mostraram inversão .




sábado, 29 de dezembro de 2012

Os resultados deste governo são brilhantes

Descer o défice de 10% para 5% sem convulsões sociais é brilhante em qualquer parte do mundo. Conseguir um défice zero nas contas externas não necessitando mais de financiamento é brilhante. O PIB cai menos do que o previsto e todos esperam que a inversão se dê já no segundo trimestre de 2013.
As taxas de juro caíram para níveis inferiores aos níveis de há dois anos antes do programa de ajustamento. O acesso aos mercados financeiros está a conseguir-se paulatinamente..
Mas é claro que há problemas, se não os houvesse em vez de uma situação brilhante teríamos um milagre que é coisa que não há. E, os problemas são o investimento e o desemprego. Não se resolve o segundo sem o primeiro. O investimento caiu  , não os previstos 10,2%, mas 18,7%. E, por muito que custe, este é o indicador do futuro. Sem investimento não há criação de postos de trabalho e o desemprego já vai em 15,8%...( o anterior governo deixou-o em 10,2%)
Como é que se sai disto? Antes das eleições na Alemanha em Setembro não se sai.

Águas de Portugal - outro charco de falências e dívidas


 Ontem falamos aqui da privatização ou não da AdP. Está em cima da mesa essa possibilidade e começam a aparecer os números, os índices, esses malditos que nos dão uma visão bem menos romântica da AdP.

"O presidente da AEPSA chamou hoje a atenção para a difícil situação financeira da Águas de Portugal (AdP), devido ao facto das tarifas serem, em média, 40 por cento inferiores aos custos.
Há várias empresas em falência técnica e a própria AdP deve mais de 2,9 mil milhões de euros, "o que dificulta a contracção de mais empréstimos", indicou o mesmo responsável."

E, as câmaras, devem cerca de 300 milhões de euros à empresa. Está montado o circo que todos vamos pagar, como acontece em todas as empresas públicas.Durante anos ninguém soube nada de nada, tínhamos uma nascente de água transparente e límpida, afinal não passa de um mal cheiroso charco.

E, qual é a solução? Aumentar as tarifas, diz o presidente do monstruoso grupo que participa em 42 empresas em várias actividades: água, recolha e tratamento de resíduos urbanos e energias.

"Privatizar não é a formula mágica para resolver os problemas  mas este modelo (o actual) está esgotado" disse ainda o presidente da associação do sector. " "Estão a ser consideradas como receitas valores teóricos que não entraram nas contas e que alguém vai pagar, não se sabe quem", salientou.

Basta ir a um sector público e começar a analisá-lo, a falar nele, tirá-lo da vida vegetativa em que há muito o meteram, "ameaçar" com a "privatização" e logo a verdade, filha da transparência, aparece para nosso desencanto. Que incentivos têm as câmaras para poupar água se sabem que não a pagam?

Onde há monopólio, há isto. Sem concorrência é como guiar sem volante. Bate , de frente, no primeiro obstáculo.

Não adoeças, já dizia minha mãe sem nada saber de custos

Há princípios de sempre, que valem para ontem, para hoje e para amanhã. Não adoeçam! O secretário de estado, no fundo está a dizer-nos, não comecem a correr para os hospitais ao primeiro espirro, deixem passar três dias, se não passar ir ao médico de família e se o antibiótico não resolver então ir às urgências. E tem razão. Sessenta por cento das pessoas que ocorrem às urgências são falsas urgências, dinheiro deitado fora, análises e exames desnecessários, tempo perdido, paciência perdida...

Isto é um " 31" que não é brincadeira

Há falta de pensadores. Neste ano e meio na oposição quem é que apareceu além do Soares, não contando com este ? O Zorrinho, mal acaba uma intervenção na TV as sondagens descem a pique; aquele Ribeiro decora bem mas depois parece um padre a dizer missa cantada: a ANA foi vendida (desculpem) não passa do Portas e dos submarinos o que faz que apareçam logo primeiras páginas a falar nas PPPs, o que leva o Campos a pedir mais dinheiro ao pai... correu mal, foi o que foi.

Criando empresas sociais em vez de caridade


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O centralismo é um pecado original


" A percentagem média da despesa pública pelas administrações centrais na UE, é de 66%. Em Portugal é de 87% - cabendo às autarquias 10% e 3% aos governos regionais. Este é um espelho fiel do centralismo da nossa administração, que tão mau resultado apresenta no controlo da despesa e no fomento de um país equilibrado e coeso" - in Público - Reformar a administração territorial sem regionalizar o continente?

Uma das propostas centrais do "memorando de entendimento" é ..."melhorar a eficiência e reduzir a administração pública em todos os seus níveis"

Esta é uma oportunidade única, talvez a mais ousada reforma depois de consolidada a democracia. Para a levar à prática convém comparar com outros países da Europa:

A existência de um nível regional é a norma europeia que é, justamente, a que nos falta ( temos a autarquia e a freguesia). As regiões administrativas têm provado ser o modelo mais consonante com a moderna administração territorial. O objectivo de "reforçar a prestação de serviços, melhorar a eficiência e reduzir custos", deveria passar, além de uma redefinição do mapa autárquico, pelo reforço das competências "que o principio da subsidiariedade consigna aos organismos de proximidade". Reduzir a reforma a cortes de unidades territoriais sem alterar o equilíbrio entre o centro hipertrofiado e  a nova configuração territorial seria perder esta oportunidade de reforma estrutural.

Pessoalmente, acredito que este nível de poder regional se pode criar a partir da autoridade democrática das autarquias, com fusões e divisões, por forma a não se correr o risco de se criar uma nova "classe política regional", com os consequentes custos. Descentralizar meios financeiros e humanos, autoridade e capacidade de decisão, autonomia de procedimentos, é o caminho para tornar mais próximos das populações os serviços prestados pelo estado e, assim, aumentar a sua eficácia.

Acresce "estarmos em vésperas de um novo quadro de apoios comunitários, instrumento de médio prazo com uma forte vertente regionalizada.Seria muito útil que a sua aplicação depois de 2014 fosse feita com recurso a autarquias regionais democraticamente sufragadas."

Descentralizar o ensino, a saúde, a Justiça, a economia...tudo o que tão mal funciona no modelo conservador estatista e centralista que tudo faz !

HÁ PALAVRAS ESDRÚXULAS QUE SÃO RIDÍCULAS

Venho de ouvir a Provedora do Ouvinte da RDP, falando, no exercício do seu cargo, aos microfones da Antena 1.

Versava o serviço público de rádio e televisão, sustentando que nunca ou muito dificilmente um privado poderia executá-lo com proficiência. E dedicando larga parte do programa de hoje a tal matéria.

Será interessante ler a norma do art. 23º-D da Lei nº 33/2003, de 22 de Agosto (na republicação da Lei nº 2/2006, de 14 de Fevereiro) a qual define as competências do Provedor.

Dela vemos que a incursão por tal domínio extravasa claramente as ditas competências. A Senhora Provedora migrou das funções (pelas quais é paga, com dinheiro nosso) de defesa dos interesses dos ouvintes e do rigor e adequação dos conteúdos, envolvendo-se na querela política das bases de funcionamento do serviço público.

Por outras palavras, abandonou a provedoria do ouvinte para tratar da sua própria e da daqueles a quem (devidamente remunerados, também por nós) incumbe a prestação desse serviço.

Não é de deixar passar em claro, mas, neste caso, é de somenos.

Avançando na temática da sua intervenção, salientou, bem, que a comunicação pela rádio exige rigor de dicção e o uso correcto da língua. E, em exemplos que deu, lá falou em “rúbricas”. Isso mesmo, assim pronunciado, esdruxulizando o que é grave.

É grave.

Porque é grave a palavra “rubrica”; por se tratar de texto que era lido, logo, sem os percalços do improviso; porque o exercício do cargo deve ser confiado a pessoas de reconhecidos méritos na área da comunicação (art. 23º-A, da mesma lei).

Também sou de opinião que o serviço público não deve ser exercido por privados. O que, porém, não significa que o monstro de lixo e de caros privilégios indevidos que é a RTP não deva ser desmantelado, se não for possível passá-lo a patacos.

E, por falar em privilégios, que a provedoria seja entregue a quem saiba e seja independente. Como manda a lei.

 

 

 

Águas de Portugal - privatizar ?



A comunicação social contribui para a desinformação, não só neste domínio mas também em outros, na maioria. Vejam o que diz o Prof João de Quinhones Levy, empresário e professor universitário:

"A privatização da Águas de Portugal está uma vez mais em cima da mesa e uma vez mais a discussão sobre a pertinência da sua venda está a derrapar para o campo político e mesmo sentimental, como a sua venda se traduzisse por entregar aquíferos e linhas de água às mãos dos privados, em vez da venda de um serviço....salientando apenas os aspectos positivos da sua atuação (elevada percentagem da população servida) e escamoteando todos os demais...e o incremento dos valores das tarifas- em alta, fruto de práticas megalómanas e despesistas"

Claro que a água não se privatiza, depende da chuva, da capacidade de recolha e captação, armazenagem, evaporação, consumo, desperdicio...são tão vastas as variáveis e é tão elevada a sua importância para a vida que o melhor mesmo é pensar que a água é de todos e de ninguém.Por isso todos os que têm responsabilidades nesta área são bem mais comedidos, querem melhorar a sua gestão. Em alta, na captação,tratamento e armazenamento e  em baixa na sua distribuição.

O autor explica as diversas formas que podem ser usadas para a privatização da empresa que fornece o serviço numa visão a curto prazo e numa visão a médio e longo prazo. O estado encaixa mais ou menos dinheiro ou, dinamiza as empresas a nível local e regional conforme a decisão.

E discute-se esta questão em todo o mundo porquê? Porque já não há dúvida que a água vai ser cada vez mais escassa e que Portugal vai ser no futuro mais ou menos próximo uma das vítimas da falta de água. Há que encontrar as melhores soluções para a gestão da água, diminuir o desperdício ( que anda pelos 60% na fase da distribuição), encontrar um preço justo conforme se trata para consumo humano ou para lavar carros..

Tudo tem que ser discutido, analisado, para mudar para melhor. É essa a questão!

PS: para além da água a "Águas de Portugal" tem mais duas dezenas de empresas, do lixo às energias.Com 5847 colaboradores, 6.4 milhões de pessoas abrangidas no tratamento e valorização de resíduos, 8 milhões de pessoas abrangidas no abastecimento de água e 8.22 milhões de pessoas abrangidas no saneamento de águas residuais.

E participa em 42 empresas duas das quais no estrangeiro (à custa da falência de dezenas de PMEs, a ideia inicial era a criação de um cluster que falhou em toda a linha, tendo a AdP tomado todo o negócio).

Tudo isto tem que ser revisto porque este gigantismo não é eficaz e não assegura as melhores práticas de gestão.Trata-se de mais um monopólio estatal, sem concorrência.

Défice externo o melhor desde 1999

O défice externo continua a aproximar-se do zero. Pela primeira vez, desde pelo menos 1999, Portugal conseguiu durante um trimestre não registar necessidades líquidas de financiamento face ao exterior.

O Pedro deixou mensagem de Natal no Facebook

O Primeiro Ministro fez um interregno e passou a Pedro.https://www.facebook.com/pedropassoscoelho. Não percebo onde está o mal mas há aí muita gente indignada. No fundo o que estes indignados querem dizer é que o Pedro não é dos "nossos" (deles). Fico sempre estarrecido com as leituras que se fazem quando o Pedro escreve no facebook. Até fico meio chateado porque dão a ideia que o Facebook não tem a dignidade suficiente. Ele é o Presidente da República, o Primeiro Ministro, mas nós, sim, nós os que andamos cá todos os dias não prestamos dignidade suficiente?
A prosa do Pedro  é que é manhosa:


"Já aqui estivemos antes. Já nos sentámos em mesas em que a comida esticava para chegar a todos, já demos aos nossos filhos presentes menores porque não tínhamos como dar outros. Mas a verdade é que para muitos, este foi apenas mais um dia num ano cheio de sacrifícios, e penso muitas vezes neles e no que estão a sofrer."

Isto sim, é um "Delito de Opinião"

Desta vez é no Delito de Opinião, blogue que  leio e que aprecio. Mas caramba há limites para tudo.
Então não se sabe que o Ministro Alemão das Finanças se faz deslocar numa cadeira de rodas ?
"
A cerviz dobrada, o olhar abaixado, a pose mendicante, foi deste modo que o crespo meridional se dirigiu ao seu equivalente alemão a pedir-lhe pela mercê de deus. O germano tem rugas na testa como se tivesse sido abordado por um pedinte famélico à entrada de um restaurante de luxo. Nem se levanta nem olha de frente – enfadado.
O nosso murmura “that’s much appreciated” querendo dizer “obrigado” em idioma técnico."

Cuba com maior despedimento colectivo de sempre

O que dirão a isto o PCP e o BE ?
Uma coisa já todos sabemos por experiências anteriores de socialismo totalitário  estatal. Não se cria riqueza sem a iniciativa dos cidadãos, sem uma malha empresarial que assegure à economia a criatividade e o empenho de cada um. Há funções económicas que o estado nunca assegurará por mais Planos Quinquenais ou outros. A pequena fábrica, mercearia, restaurante, empresas que respondem rapidamente às necessidades dos mercados, nunca serão devidamente asseguradas pelo estado.
Vou aqui contar uma história real, quase rídicula, mas que mostra a diferença fundamental entre uma economia de funcionários e uma economia de empresários. Há trinta anos exercia a função de director financeiro de uma empresa multinacional. Um dos negócios era criar porcos para carne. Acontecia que nos Estados Unidos e nos outros países onde a empresa operava, a média de partos por "marrã" era de 2,5/ ano e com doze leitões vivos por parto. Cá não conseguíamos esses números. Deslocaram-se a Portugal dois veterinários americanos que, rapidamente, chegaram à conclusão que o problema estava no facto de as porcas terem partos às duas, três da manhã e os trabalhadores saírem às seis. Claro, qualquer problema sanitário com o parto correspondia a leitões mortos senão mesmo à morte da própria progenitora.
Nas empresas não há horas extras. Trabalha-se  quando há trabalho e descansa-se quando não há trabalho.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

SILICON VALLEY: O QUE PORTUGAL PRECISAVA


SILICON VALLEY na California, região na qual está situado um conjunto de empresas implantadas a partir de 1950, com o objetivo de gerar inovações científicas e tecnológicas, destacando-se na produção de chips, electrónica e informática. 









Foram as empresas nascidas no Silicon Valley que forneceram transmissores para mísseis e circuitos integrados para os computadores que guiaram as naves Apollo.



A industrialização dessa região teve início nos anos 90, mas o impulso para o seu desenvolvimento deu-se com a Guerra Fria e a 2.ª Grande Guerra, sobretudo face à necessidade de descoberta de novas armas.


Muitas empresas que hoje estão entre as maiores do mundo foram geradas e desenvolvidas na região: Apple, Google, Facebook, Nvidia, Symantec, eBay, Yahoo, HP, Microsoft, entre outros.
Fora dos Estados Unidos, destaca-se em Israel o Silicon Wadi, a segunda maior aglomeração de indústrias de tecnologia do país.
                                         
Depois das empresas de semicondutores, o Silicon Valley foi palco de outras ondas tecnológicas, com empresas de computadores, equipamentos de telecomunicações, software e internet. A onda actual é a das empresas apostadas em desenvolver à distância relações sociais, com empresas como Facebook, LinkedIn e Twitter.

A região de Cambridge, na Inglaterra, que concentra empresas de alta tecnologia que saíram da universidade tem o apelido de Silicon Fen.
No Brasil, a cidade mineira de Santa Rita do Sapucaí, com as empresas de tecnologia surgidas à volta do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), recebeu o apelido de Vale da Eletrónica.

E Portugal?

Seria replicável um Silicon Valley por cá? Seria desejável?
Acho que o Silicon Valley só tem o êxito que tem na California, uma vez que para mim, o Valley é sobretudo uma cultura, uma mentalidade e Portugal não a tem. Pelo menos, ainda....
Primeiro que ter um Silicon Valley há que mudar a estrutura deste país, a sua raíz económica, a sua mentalidade: mais empreendedorismo, mais iniciativa própria, mais esforço individual, mais risco, mais estudo, mais aposta na formação superior de topo, menos subsídios do Estado.
Aí sim, estaremos prontos para um Silicon Valley.

A PRIVATIZAÇÃO

AS PRIVATIZAÇÕES: ANA, TAP, RTP, CGD ...


Desde a primeira, todas as operações de privatização geraram e continuam a gerar polémica. Elas põem em confronto duas visões irreconciliáveis sobre o papel do Estado na economia. 
Uns perfilham a propriedade estatal em sectores considerados estratégicos para defesa de uma possível soberania económica e do interesse geral. Esta visão tem sido derrotada em sucessivas privatizações, em nome de uma gestão mais eficaz e eficiente dessas empresas - por menos politizada - do encaixe do Estado com o fim de reduzir a dívida pública e de uma economia mais aberta, concorrencial e competitiva.
PS, PSD e CDS, quando se encontram alternadamente no poder, têm desenvolvido um discurso muito semelhante sobre as vantagens de tirar o Estado da posse directa das empresas, reforçando, em contrapartida, as instituições reguladoras para ordenar a actividade dos mercados não isentos de disfunções. 
Quem se encontra conjunturalmente na oposição acaba sempre por considerar os processos de privatização questionáveis, pouco transparente ou mesmo ruinosos.
O essencial é que todos os elementos do processo venham a ser escrutinados pelos representantes do povo e que se possa discutir com factos, e não com teorias, se, desta vez, as coisas correram ou não de acordo com o interesse público.
As privatizações, aliás previstas no PAC IV de José Sócrates, não constituem, neste contexto, excepção. 
Porém, como cidadão não admito, nem quero, continuar a pagar este brutal aumento de impostos para pagar salários milionários a comentadores, apresentadores e entertainers televisivos que auferem entre 10.000€ a 30.000€ por mês na RTP, muitos deles para darem uns pinotes e umas cambalhotas, dizerem disparates e até já pagamos para ouvir um conhecido entertainer dizer asneiras brejeiras na RTP.
Estamos a falar de cidadãos que tiveram a sorte ou a "cunha" necessária para entrar na RTP, muitos sem escolaridade especial, outros licenciados (alguns já com bolonha - 3 anos) em publicidade, marketing, comunicação social, relações públicas ou qualquer coisa do género, como milhares de portugueses.
Acho muito bem que recebam isso se algum grupo privado de comunicação social o quiser pagar. Acho muito mal os contribuintes terem de o fazer pelos seus impostos.
Sobretudo num país que paga a Médicos especialistas € 2740 por mês, a Juizes € 2350, a Professores € 1300, a Polícias a € 800 (arriscando a vida todos os dias na rua), a enfermeiros € 4/hora (pelo menos em início de carreira após especialidade, após a formação no Centro de Estudos Judiciários), sendo que estes profissionais são absolutamente imprescindíveis para a sociedade satisfazer necessidades básicas indispensáveis (saúde segurança e paz social, justiça, educação).
Ao contrário, lamento, mas a televisão pública é dispensável nos moldes em que ela existe hoje, sobretudo nos dias que correm, já que se os portugueses, escasseando o dinheiro, tivessem de escolher o que os seus impostos deveriam pagar, não seria, estou absolutamente certo, esta RTP a escolhida.
Uma RTP pública deveria premiar novos valores do jornalismo. Ir às universidades contratar novos talentos (os melhores alunos das licenciaturas) e para esses bastaria pagar-lhes um salário razoável. Estaria também a fazer serviço público de abrir caminhos a novos valores do jornalismo e comunicação social.
Um jornalista médio ganha, sem grande dificuldade, na RTP cerca de  € 10.000/mês. Mais que um médico cirurgião com 30 anos de experiência, mais que um Juiz Conselheiro do Supremo Tribunal de justiça com 30 anos de carreira.
Desculpem mas não acho razoável e não acredito que os portugueses queiram pagar este serviço nestes termos, quando muitos portugueses não têm dinheiro sequer para tomar um banho quente todos os dias!
Não estou disponível para, dos meus impostos, pagar isto.
Quem é um "fora de série" terá mercado que lhe continue a pagar esses salários milionários. Na RTP pública é que não aceito.
O mesmo se passa na TAP e ANA, apesar de em circunstâncias diferentes.

Liderança alternativa à esquerda - Artur Baptista da Silva

Há uma onda de entusiasmo que varre toda a oposição.
"O falso consultor da ONU já está a fazer estremecer a liderança de António José Seguro.
Está a ser preparada uma vaga de fundo fortíssima que já conseguiu o apoio dos bibelôs das petições e de todas as personalidades importantes de esquerda da sociedade portuguesa. “Vamos esquecer o Artur Baptista da Silva falso consultor da ONU e vamos pensar apenas no Artur Baptista da Silva como ser humano. Há muitos anos que não aparecia um pessoa assim. Tem presença, carisma, ambição, sabe falar, é persuasivo, tem o dom de falar ao coração das pessoas, sólida preparação teórica e técnica e consegue fazer a síntese dos melhores snacks mentais de esquerda da actualidade. Só ele é que poderá unir o PS, o Bloco, o PCP e os social democratas do PSD num governo de esquerda”, afirmou uma importante personalidade de esquerda. JH"

Estivadores param as greves

Ainda não se sabem as razões concretas mas cedências de parte a parte permitiram chegar a um acordo.http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/estivadores-greve-portos/1405123-1730.html
Ao fim de quase quatro meses de greves, os estivadores põem fim às sucessivas paralisações, confirmou fonte oficial do Sindicato dos Estivadores, Trabalhadores do Tráfego e Conferentes Marítimos do Centro e Sul de Portugal à Agência Financeira.

A decisão foi tomada esta manhã, num plenário da maioria dos sindicatos do setor, mas só se torna efetiva amanhã.

Para já são ainda desconhecidas as razões desta decisão. Os estivadores estão, desde o verão, em protesto contra o novo regime de trabalho portuário, já aprovado no Parlamento, e que aguarda aprovação pelo Presidente da República.

Os Franceses da Lusoponte ganharam a ANA

A VINCI  que apresentou o melhor preço - três mil milhões de Euros - ganhou o concurso de privatização da ANA.  É uma empresa Francesa ligada à Lusoponte e tem como actividade mais importante a construção civil sendo uma das maiores empresas nessa actividade.
Gere aeroportos que movimentam pouco mais de dez milhões de pessoas. O aeroporto de Lisboa passará assim a ser o seu principal pólo nesta actividade já que movimenta cerca de dezasseis milhões de pessoas.
De acordo com as fontes citadas pela Reuters, o grupo de trabalho que acompanha as privatizações recomendou ao Governo que escolha a oferta da Vinci, por ser substancialmente mais elevada que as dos restantes concorrentes.

 

O governo vai ter primavera?

Lá para a Primavera vamos ver se a Execução Orçamental ajuda o governo.
Com as frentes social e de financiamento do Estado controladas, o Governo e, com ele, o país enfrentam em 2013 fundamentalmente riscos políticos. Que se começam a desenhar ou que se começam a desvanecer logo após a sétima avaliação da troika, que conheceremos no início de Março.
Pedro Passos Coelho, Vitor Gaspar e Paulo Portas precisam de ganhar na Primavera um novo fôlego para viabilizarem as medidas que ainda têm de adoptar. Esse novo fôlego tem de passar forçosamente por resultados que, finalmente, mostrem que o caminho que está a ser seguido produz alguns resultados.
O resultado mais importante, aquele que será seguido com especial atenção, é o da execução orçamental. Se em Abril, quando se conhecerem as despesas e receitas públicas do primeiro trimestre, os resultados forem questionáveis e susceptíveis de reforçarem as dúvidas sobre o cumprimento dos objectivos para 2013, o risco de desestabilização política é elevado.  

O alívio da dívida na Europa

Se tudo o  que se produz é para pagar dívida então não haverá investimento. Um excelente artigo.
Um excesso de dívida existe quando a dívida de um país é tão grande que os benefícios do ajustamento e do crescimento vão na totalidade para os seus credores. Tal como o prémio Nobel da economia, Paul Krugman, destacou há 25 anos, um país nesta situação vai estar pouco disponível para empreender mais medidas de ajustamento dolorosas porque não vai receber qualquer retorno. E, porque os lucros de qualquer novo investimento vão servir para pagar as obrigações existentes, o excesso de dívida desencoraja o investimento privado e o crescimento.
Se o desânimo for muito grande, os elevados encargos com a dívida podem fazer com que a capacidade do país pagar diminua. E isto dá origem à curva de Laffer para o alívio da dívida. Para os níveis de dívida baixos, aumentar os encargos com a dívida aumenta o fluxo de pagamentos aos credores; mas esta relação é revertida quando o volume de dívida atinge determinado valor. Reduzir o valor nominal da dívida é bom não apenas para os países devedores que estão no "lado errado" da curva; é também bom para os credores que podem obter mais do seu dinheiro de volta.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Salvar o SNS - é o desperdício que é preciso cortar

Comparando com o ano anterior há agora mais médicos e enfermeiros.
Comissão destaca importantes poupanças no sector da saúde.
Já reduziram mais de mil camas hospitalares 
Infarmed cria estrutura para assegurar fornecimento de medicamentos 
Desde 2011, os hospitais já cortaram cerca de 1.000 camas, assim como reduziram o número de horas extraordinárias, fruto da fusão e fecho de alguns departamentos hospitalares.
A redução de camas nos hospitais consegue-se também graças à aposta nos cuidados de ambulatório, em detrimento do internamento. Ou seja, os hospitais optam por fazer cirurgias com um período de permanência no hospital mais curto, e com menos custos, e o Ministério da Saúde aconselha ainda aos hospitais a enviarem os doentes para consultas nos cuidados de saúde primários (centros de saúde) sempre que seja possível.
Os seis hospitais do centro de Lisboa vão fechar e serão substituídos pelo Hospital de Todos-os-Santos .Trata-se de reduzir de 2 200 camas para 800 camas, num hospital moderno e com níveis de qualidade muito superiores. Poupam-se milhões por ano.
Quatro hospitais militares serão substituídos por apenas um, o hospital da Força Aérea no Lumiar , já existente e que está a ser requalificado. Em Coimbra há também o fecho e a fusão de pelo menos três hospitais bem como no Porto.
Milhares de falsas urgências deixaram de ocorrer aos hospitais procurando os Centros de Saúde.
Há uma semana tivemos a denuncia do Presidente do Hospital de S. João que, apesar de haver uma lista de espera de 170 000 doentes para cirurgia a média de cirurgias por cirurgião é baixíssima. Há muito que se sabe que apenas 40% da capacidade instalada dos blocos operatórios é utilizada.
É assim que se salva o Serviço Nacional de Saúde!




A CGD é a barriga de aluguer da sua própria privatização

Nogueira Leite pediu a demissão da CGD. Não se sabe se foi por haver casos ilícitos não investigados, por a CGD não financiar a economia ou porque Nogueira Leite não está de acordo com certas decisões do governo.
Que a CGD serve (e serviu) para todo o género de trapalhadas em que os governos se metem, é uma evidência. Tomada de bancos, envolvimento nas empresas do regime , empréstimos de milhões a certos "empresários" para controle de empresas e obtenção de mais valias . Para fomentar a economia é que a CGD não tem iniciativa.
Fala-se agora na criação de um Banco de Fomento para preencher esse vácuo do financiamento das PMEs, função que a CGD tem todas as condições para preencher, mas essa função podia vir a revelar-se uma pedra na engrenagem da futura privatização, pois é disso que se trata.
"Se me obrigarem a pagar mais impostos palavra de honra que me piro". Já pirou! 


O QUE TEM SIDO A INICIATIVA PRIVADA EM PORTUGAL NOS ÚLTIMOS 15 ANOS.

O que tem sido a verdadeira inicitiva privada em Portugal nos últimos 15 anos?


Começo por identificar algumas das empresas privadas que não vivem e nunca viveram à conta do Estado e, por isso, são por mim denominadas de "verdadeira iniciativa privada", aquela que verdadeiramente interessa e que faz crescer o país:
  1. Alert, Nfive, 
  2. Critical Software, 
  3. Têxtil Manuel Gonçaves, 
  4. Lameirinho, Simoldes, 
  5. Ibermoldes, 
  6. Efacec, 
  7. Fepsa, 
  8. Stab Vida, 
  9. Primavera, 
  10. Bial, 
  11. Grupo Pestana, 
  12. Vila Galé, Janz, 
  13. BA vidro, 
  14. Ydreams, 
  15. Logoplaste, 
  16. Fresite, 
  17. Renova, 
  18. Nelo Kayaks, 
  19. Frulacts, 
  20. Altitude Software, 
  21. Out Sistems, 
  22. WeDo, 
  23. Tecnologies, 
  24. Deimos Engenharia, 
  25. Skysoft, 
  26. Hovione,
  27. Coimbra Editora;
  28. Almedina;
  29. Porto Editora, 
  30. Martifer, 
  31. Novabase, 
  32. Grupo Nabeiro (Delta cafés...), 
  33. Revigrés, 
  34. Douro Azul, 
  35. Queijo Saloio 
  36. Grupo Sonae;
  37. Grupo Soares dos Santos
  38. (...)
Mas como se nota, não constam as PT, a Galp, a EDP, A Brisa, os Bancos, a Motta-Engil, a Teixeira Duarte… as tais que precisam dos TVGs, das pontes, das autoestradas, das Scuts, das PPP´s na área da saúde que o Estado lhes oferece continuamente e que nós estamos todos a pagar…
Também aqui não constam as pequenas e médias empresas criadas à volta das Câmaras Municipais e Ministérios e que vivem dos ajustes directos (até 75.000 €), dos "pequenos" contratos de consultorias de coisa nenhuma (seja aos sistemas informáticos, seja de apoio à gestão, à formação profissional, às reestruturações internas e por aí fora...), bem como de pequenas obras de construção civil....
São e foram este tipo de empresas que batem no peito para falar da iniciativa privada e que, por regra, apregoam aos sete ventos as maleitas do Estado e os "privilégios" da denominada Função Pública, mas que sempre viveram dependentes da "teta" do Estado. Estas empresas constituíram o início e a missa do sétimo dia da dívida pública portuguesa que, hoje, sobretudo os funcionários públicos e pensionistas estão a pagar e que, em 2013, os trabalhadores do sector privado (profissionais liberais e por contra de outrém) também serão chamados a pagar.

Está na hora de reflectirmos. Efectivamente o problema está no Estado, mas está essencialmente nesta "corja" de falsos empresários que amarraram as contas públicas a alegados serviços por si prestados, a preço de ouro e que tornaram ricos muitos portugueses, sem o correspondente benefício para o interesse público.
Hoje tornou-se mais fácil dizer que o problema está na denominada "função pública".
Eu acho que também está, sobretudo nas empresas públicas e institutos criados para desempenhar funções que antes eram concretizadas pelos ministérios com muito menos despesa. Mas verdadeiramente quem deu "cabo" das contas públicas, foram todos estes "supostos" empresários que durante anos andaram a viver "à conta" de contratos absolutamente dispensáveis com o Estado. Escusado será relembrar os milhões gastos anualmente com consultoras, com pequenas empresas de construção civil para a realização de pequenas obras públicas, adjudicadas por ajuste directo.....pelos Municípios, Empresas Municipais e até nos Ministérios, institutos públicos  e empresas públicas.



Andam a fazer a cama a Seguro

Estão a sair do PS figuras importantes desagradadas com a liderança de Seguro.
Silva Pinto nas últimas eleições para a liderança optou por votar em António José Seguro, mas deixou de acreditar no actual secretário-geral por não ter uma alternativa para ultrapassar a crise que o país vive. O ex-deputado do PS prevê mesmo que “gradualmente outros venham a afastar-se do PS” e revela que, nos encontros com antigos e actuais dirigentes, percebeu que “germina no PS uma alternativa” à actual liderança.
Silva Pinto critica ainda o secretário-geral do PS por se ter afastado do consenso com o governo, mas lamenta que Passos Coelho não tenha feito ainda uma remodelação. “Não se compreende a permanência no governo de alguns ministros e secretários de Estado”, diz o ex-ministro, que, em entrevista ao i em Julho, já tinha defendido que Miguel Relvas “enterra qualquer primeiro-ministro”.
Apesar disso, o até agora militante socialista elogia o governo por ter conseguido “um clima favorável para Portugal nos meios internacionais”. Aos que ficam no PS, Joaquim Silva Pinto pede que “saibam vencer o egoísmo da defesa de interesses pessoais ou as comodidades da rotina”.

Jornais que apoiaram o desvario de Sócrates são os mesmos que ouviram o Artur

Os mesmos que agora atacam este governo são os mesmos que apoiaram até à última obra pública socrática, como diz e bem o Blasfémias.
"A comunicação social que aceitou como legítimo o Artur Baptista da Silva é a mesma que tomou por bons todos os estudos sobre SCUTs, OTAs, TGVs e afins  e que ajudou a vender a estratégia dos grandes eventos e do investimento em grandes obras públicas. É a mesma que apoiou a trajectória suicidária de Sócrates rumo à bancarrota e desculpou tudo com a crise internacional e as agências de rating."

                                    Este é o cartão pessoal que deixou aos jornalistas do Expresso!

PASSOS E GASPAR ESBANJAM 10,3 MM€ NÃO RENEGOCIANDO DÍVIDA AGORA - diz ONU

Nações Unidas propõem renegociação da dívida portuguesa
Anabela Campos e Jorge Nascimento Rodrigues - Expresso
Uma equipa de sete economistas do PNUD, coordenada pelo português Artur Baptista da Silva, apresenta três pontos para uma negociação com a troika da dívida portuguesa. O ganho rondaria 10,3 mil milhões.

"Se Portugal não o fizer já, terá de o fazer daqui a seis meses, de joelhos", afirma Artur Baptista da Silva, o economista português que coordena uma equipa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), encarregada pelo secretário-geral Ban Ki-moon de apresentar um relatório da situação crítica na Europa do Sul.
Em entrevista na edição de hoje do Expresso, Baptista da Silva refere a preocupação das Nações Unidas com a evolução da crise das dívidas soberanas na "periferia" da zona euro, as receitas de ajustamento que têm sido colocadas em prática e os riscos geopolíticos que esta situação acarreta.
Numa abordagem distinta de outras propostas de renegociação da dívida - como a de Miguel Cadilhe, divulgada pelo Expresso em outubro num artigo de opinião do ex-ministro das Finanças -, a estratégia definida por esta equipa da ONU propõe uma renegociação de 41% da dívida soberana consolidada portuguesa projetada daqui a cinco anos (uma parte da dívida que não deriva das políticas internas dos diversos governos desde a adesão à União Europeia) e a mexida em dois pontos do memorando de entendimento com a troika, que em detalhe o leitor poderá ler na entrevista publicada na edição do Expresso.
Artur Baptista da Silva será encarregado pela ONU para dirigir o Observatório Económico e Social das Nações Unidas que se instalará em Portugal por dois anos. O relatório será divulgado no próximo ano.
A poupança de 10,3 mil milhões de euros daria para cobrir um défice orçamental de 4,5% e ainda deixaria de saldo cerca de 2,3 mil milhões de euros, que poderiam ser aplicados à devolução de um dos subsídios retirados aos funcionários públicos e aos pensionistas e ao reforço do fundo de emergência social.




Nas ruas de Moscovo


terça-feira, 25 de dezembro de 2012

O Passos e o Gaspar não ouvem o Artur?

No Público, Nicolau diz que não se pode inferir que o jornal e os seus jornalistas previligiem ouvir quem ataca o governo : Também disse não ter lido a crónica de Henrique Monteiro, ex-director do Expresso, na edição online do semanário, que comenta que “se o burlão fosse a favor de Passos Coelho e de Gaspar não teria o mesmo eco” e que “a imprensa tem, no geral, um enviesamento para a esquerda”. Ainda assim, fez questão de se antecipar “a eventuais afirmações que venham a ser feitas” nesse sentido, dizendo que “não as admite”. Os jornalistas estão, sim, “interessados em ouvir pessoas novas, de fora dos círculos habituais, que apresentem propostas, como parecia ser o caso”, disse.

Racionar em saúde não mata velhinhos...

Há uns tempos atrás caíu o Carmo e a Trindade com o relatório da Comissão de Ética para as Ciências da Vida. Não se fez por menos. Tratava-se de deixar morrer pessoas sem assistência. O próprio bastonário da Ordem dos médicos, que mais parece um sindicalista da Frente Comum, chamou cobras e lagartos ao relatório. Agora, vem a Comissão de Ética da Ordem concordar com o relatório que tanta celeuma deu. "O CNEDM da Ordem dos Médicos, contrariando as declarações públicas do bastonário, vem agora defender o parecer do CNECV, dizendo que, pela reflexão que suscita, não deveria ter ficado restrito a três tipos de medicamentos, conforme solicitado pelo Ministério da Saúde, mas deveria "assumir-se inequivocamente", como "proposta universal para modulação estatal do financiamento de medicamentos".

"Vivemos, há muitos anos, num ambiente em que esse mesmo racionamento decorre diariamente de forma clandestina, escamoteada, sem conhecimento ou consentimento da comunidade que servimos; sem normas de orientação, sujeito correntemente a estritos critérios financeiros e ignorando frequentemente princípios de equidade e de justiça distributiva", sustenta o parecer do CNEDM.
O CNEDM questiona ainda os conceitos de "custo-oportunidade", ou do "custo-efetividade" avançados no parecer do CNECV como critérios para definir o racionamento dos medicamentos, interrogando-se sobre qual a perspetiva em que seriam calculados.
"Estes rácios serão calculados na perspetiva do utente, do SNS, ou da sociedade? Os resultados poderão ser muito diferentes", pode ler-se no parecer.
O documento do CNEDM da Ordem dos Médicos conclui pelo caráter "relevante e eticamente pouco controverso" do parecer do CNECV, que insiste na necessidade de preparar bem os profissionais de saúde para as questões da bioética, de forma a alcançar "patamares de intervenção que atendam a uma justiça distributiva que a cada profissional compete respeitar com denodo".
Este assunto é há muito tratado nos países que estudam as questões a fundo. A maioria dos que se pronunciaram sobre este relatório nunca tinham sequer sonhado que este é um assunto central na moderna saúde pública.