quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O alívio da dívida na Europa

Se tudo o  que se produz é para pagar dívida então não haverá investimento. Um excelente artigo.
Um excesso de dívida existe quando a dívida de um país é tão grande que os benefícios do ajustamento e do crescimento vão na totalidade para os seus credores. Tal como o prémio Nobel da economia, Paul Krugman, destacou há 25 anos, um país nesta situação vai estar pouco disponível para empreender mais medidas de ajustamento dolorosas porque não vai receber qualquer retorno. E, porque os lucros de qualquer novo investimento vão servir para pagar as obrigações existentes, o excesso de dívida desencoraja o investimento privado e o crescimento.
Se o desânimo for muito grande, os elevados encargos com a dívida podem fazer com que a capacidade do país pagar diminua. E isto dá origem à curva de Laffer para o alívio da dívida. Para os níveis de dívida baixos, aumentar os encargos com a dívida aumenta o fluxo de pagamentos aos credores; mas esta relação é revertida quando o volume de dívida atinge determinado valor. Reduzir o valor nominal da dívida é bom não apenas para os países devedores que estão no "lado errado" da curva; é também bom para os credores que podem obter mais do seu dinheiro de volta.

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