sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

SE PROJECÇÕES FALHAREM EM 2013 TROIKA FALA EM NOVO CORTE NA FUNÇÃO PÚBLICA.

A Troika, num relatório que hoje foi conhecido, avisa Portugal para o grande risco de mesmo com corte definitivo de 4 mil milhões de euros podermos falhar metas e nesse caso fala-se na necessidade dos cortes incidirem forçosamente do lado da despesa: Função Pública.

Obviamente que alguns jornais e comentadores logo se apressaram a interpretar que isso corresponderia a novo corte salarial na Função Pública!
Li todos esses comentários, mas não acredito. terão se ser outras medidas, até porque essa a dos cortes de salários já foi decidido ser inconstitucionais se passar a corresponder a uma desproporção de esforços entre o público e privado, como seria o caso.

O que verdadeiramente está na calha não são, quanto a mim nem poderão ser, novos cortes nos salários:  são, sim, os despedimentos da Administração Pública de que tantos falam, mas por aí se ficam.
E bem.
Já defendi em inúmeras ocasiões que a Administração Pública - sobretudo os institutos públicos e as empresas públicas - tem de despedir.
Há trabalhadores a mais na Administração pública: gente que não era necessária e apenas foi contratada para satisfazer clientelas sucessivas de sucessivos partidos.
Todos sabemos que as empresas públicas e institutos públicos podem contratar sem sujeitar a escolha a qualquer procedimento concursal semelhante ao rigor (para os políticos a chatice e ineficácia) do recrutamento pelo mérito baseado na prestação de provas).
Como cidadãos desafio-vos a indagar quanto ganha um quadro superior numa empresa do Estado ou num Instituto público. Compare com as remunerações dos que trabalham na Administração Directa do Estado (vulgo Ministérios).
Ficará surpreso, pois naqueles as remunerações sobem 20% a 50% relativamente aos trabalhadores dos Ministérios, muitos deles a desempenharem funções em Ministérios de soberania!
Pelo que, eu diria, podemos estar a falar de um despedimento colectivo de mais de 100 mil trabalhadores.
E eu defendo-o.
Prefiro pagar melhor aos funcionários que ficarem e despedir os desnecessários e mais incapazes, já que esses, sim, são um peso para os nossos impostos, sem a correspondente prestação de trabalho.
Estou curioso para ver se há coragem para o fazer!

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