quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

PASSOS E GASPAR ESBANJAM 10,3 MM€ NÃO RENEGOCIANDO DÍVIDA AGORA - diz ONU

Nações Unidas propõem renegociação da dívida portuguesa
Anabela Campos e Jorge Nascimento Rodrigues - Expresso
Uma equipa de sete economistas do PNUD, coordenada pelo português Artur Baptista da Silva, apresenta três pontos para uma negociação com a troika da dívida portuguesa. O ganho rondaria 10,3 mil milhões.

"Se Portugal não o fizer já, terá de o fazer daqui a seis meses, de joelhos", afirma Artur Baptista da Silva, o economista português que coordena uma equipa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), encarregada pelo secretário-geral Ban Ki-moon de apresentar um relatório da situação crítica na Europa do Sul.
Em entrevista na edição de hoje do Expresso, Baptista da Silva refere a preocupação das Nações Unidas com a evolução da crise das dívidas soberanas na "periferia" da zona euro, as receitas de ajustamento que têm sido colocadas em prática e os riscos geopolíticos que esta situação acarreta.
Numa abordagem distinta de outras propostas de renegociação da dívida - como a de Miguel Cadilhe, divulgada pelo Expresso em outubro num artigo de opinião do ex-ministro das Finanças -, a estratégia definida por esta equipa da ONU propõe uma renegociação de 41% da dívida soberana consolidada portuguesa projetada daqui a cinco anos (uma parte da dívida que não deriva das políticas internas dos diversos governos desde a adesão à União Europeia) e a mexida em dois pontos do memorando de entendimento com a troika, que em detalhe o leitor poderá ler na entrevista publicada na edição do Expresso.
Artur Baptista da Silva será encarregado pela ONU para dirigir o Observatório Económico e Social das Nações Unidas que se instalará em Portugal por dois anos. O relatório será divulgado no próximo ano.
A poupança de 10,3 mil milhões de euros daria para cobrir um défice orçamental de 4,5% e ainda deixaria de saldo cerca de 2,3 mil milhões de euros, que poderiam ser aplicados à devolução de um dos subsídios retirados aos funcionários públicos e aos pensionistas e ao reforço do fundo de emergência social.




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