sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Sair do Euro é inevitável mas não da União Europeia

João Ferreira do Amaral, foi hoje falar a uma tertúlia que frequento. Sobre a saída inevitável do euro.
Um país sem capacidade de emitir moeda própria fica prisioneiro do sistema financeiro. Sob o ataque dos mercados financeiros o país com moeda própria pode defender-se emitindo moeda ou reduzindo a moeda em circulação. Pode com esta política ter problemas de inflação mas que consegue controlar dentro de níveis aceitáveis. Ora Portugal aderiu ao Euro forte tendo uma fraca capacidade competitiva. Servia-lhe um euro fraco . Ao invés, os países poderosos precisavam de um euro forte à imagem do Marco Alemão. Foi, aliás, esta a contra partida exigida pela Alemanha à criação do Euro pela mão de Miterrand . Esta, por sua vez, foi a condição exigida pelos Franceses para a reunificação das duas alemanhas.   
Há duas maneiras de sair do Euro. Num fim de semana. Esta é uma forma que levanta muitas dificuldades até porque não é possível guardar segredo ( quem souber ganha milhões ). Outra forma de sair é controladamente. Em seis meses, gradualmente. Impedidndo a fuga de capitais, os levantamentos de depósitos bancários...
A forma mais estranha e menos falada é criar um Euro fraco para os países do Sul da Europa.
Tudo será acelerado se o Euro continuar a crescer face ao dólar americano. Os países de economia débil serão cilindrados. E é o mais provável se a estabilidade regressar à zona Euro! Morremos com a cura! 

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