Há momentos que contribuíram de maneira decisiva para a presente crise. O primeiro momento tem a ver com a troca da nossa agricultura, pescas e indústria pelos subsídios da UE. Íamos ser um país de serviços, de sol, mar e praia e no inverno trazíamos os idosos do centro e norte da Europa para fugirem ao inverno rigoroso.Cavaco Silva era Primeiro Ministro.
O segundo momento foi o das obras públicas executadas com dinheiro emprestado. O investimento privado foi negligenciado, as 600 mil pequenas e médias empresas que representam 40% do emprego foram deixadas ao abandono, sem ajudas e sem crédito bancário. Foram morrendo sem serem substituídas .
O terceiro momento foi o acumular da dívida. De 60% do PIB passou em menos de dez anos para o dobro sem ser acompanhada por crescimento na economia. Com o aumento das taxas de juro nos mercados tornou-se insuportável, abafando qualquer oportunidade de crescimento. Eram Primeiros Ministros Guterres e Sócrates.
Agora batemos na parede. É preciso pagar a dívida, fazer crescer a economia e refundar o estado.
O estado, cá, é composto por : serviços de soberania que só o estado pode prestar ; estado social ( saúde, educação e segurança social) que o estado deve manter mas não prestar em monopólio devendo aceitar uma sã concorrência com os privados ; serviços que foram transformados em públicos com prejuízos permanentes e que servem para manter um exército de subsidiados; e as empresas públicas, monopolistas e prenhes de prejuízos. Sem diminuir e racionalizar este monstro não é possível o país pagar a dívida. Os meios financeiros e humanos assim libertados podem ser canalizados para o sector privado produtivo e criar riqueza. Assim, poderemos voltar à agricultura, ao mar e à industrialização do país.
Uma boa surpresa que pode ser central no relançamento da economia, é o sector mineiro, com vários minérios, incluindo ouro, petróleo e gás, a serem activamente procurados e com enorme potencial.
Longe disto não há saída!
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