domingo, 2 de dezembro de 2012

A surfar a onda

Frequentemente, quem me lê, questiona-me sobre a "minha onda". Afinal você uns dias é um gajo porreiro, cá dos "nossos" e no outro dia já está com os "outros"...
É, verdade, que há muito que perdi a vergonha e apanho a "melhor onda", aquela que resolve problemas. Esta "onda" vem da direita mas se é uma "boa onda", apanho-a sem qualquer hesitação. E, da esquerda, vem uma "onda de Peniche", trinta metros de altura, as melhores do mundo que vão pôr Portugal no mapa mundo do Surfe ? Apanho-a.
Não quero dizer com isto que não se deva discutir quais são as melhores "ondas", claro que sim, mas isto é como a fome. Com a barriga vazia não há ondas, há que resolver os problemas dos que não têm outra hipótese que não seja apanhar a "onda" que lhes passa perto.
Ainda agora houve gente que se "masturbou" com aquela diferença subtil  entre caridade e solidariedade. A caridade remete para os chás dançantes do antigamente, onda que envergonha mas é a única que alguns (muitos) podem apanhar. Olha que se esperares ainda apanhas a "onda" da solidariedade, diz o gajo em terra entre duas "bolas de Berlim" revistas pela ASAE...
Eu já não tenho tempo para testar o quer que seja, "Ondas boas" há muito que são "surfadas" em muitos países, em diferentes mares, na educação, na saúde, na segurança social, na economia...
Mares com "boas ondas" para todos e onde a qualidade do "surfar" é muito superior ao nosso por melhores ondas que nos passem perto. Não apanhamos nenhuma, tudo nos passa ao lado, como se em vez do "mar de Peniche" com as melhores ondas do mundo, tivéssemos  um mar "flat"...
Sem ondas!

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